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terça-feira, 21 de setembro de 2010

O pseudo silêncio das palavras e a revolução dos anônimos

Enquanto perdurar a tempestade, ao operário não restará forças senão para retirar o excesso de água trazido pela chuva.

A chuva intermitente expõem a fragilidade do homem e reduz à pequeninez, o maior dos seres. Debaixo dela todos nós nos molhamos. Debaixo dela as maiores e mais imponentes coroas tombam. Debaixo dela, todos nós somos anônimos.

Se você ainda tem a sua casa, cuide muito bem dela. Pois poderá vir a chuva e levá-la consigo.

Por sorte DEUS está a frente de tudo e por mais que insista em chover, o Sol teima em aparecer pela manhã, muito embora ele não venha sempre na alvorada que nós desejamos.

Mas o que seria dos lindos dias de sol sem os cinzentos dias de chuva?

As marcas das forças das águas podem marcam as paredes de uma casa e lhe destruir o telhado, todavia também libertam a mente que passa a fluir em horizontes mais longínquos. O paradoxo está instalado: a água ao mesmo tempo que detrói uma plantação inteira frustrando o trabalho de uma vida, também será a mesma a irrigar o solo e o deixar fértil novamente. É o ciclo.

Hoje eu vou de trem. Um dia eu já fui de limousine... Por certo nos dias atuais seria melhor ir de barco. Contudo o mais importante é continuar seguir em frente, até mesmo, se for o caso, continue seguindo a pé. O importante é não parar nunca.

Se diante de mim não se abrir o mar, DEUS vai me fazer andar por sobre as águas.

O desejo de seguir adiante nos renova a esperar um pouco mais pelos dias de sol.

Posso me lembrar de quando era criança em noites de tempestade. Primeiro torcia para que os trovões e relâmpagos acabassem e fossem logo embora com seus barulhos e clarões amedrontadores. Por seguinte, esperava roendo as unhas que a chuva perdesse suas forças até sutilmente parar. Por último ansiava pela chegada do sol, para que eu pudesse sair para o quintal e voltar a brincar.

Meus caros, não há prisão para uma mente sonhadora. Não há correntes para a inquietude da alma. Não há dignidade que a água possa levar, todavia, não há castelos que não se prostem perante sua robustez.

Por hora torno-me ao silêncio. Nada mais oportuno em dias de tempestade... porém ressalto: Engana-se quem pensa ser o silêncio a ausência do som. Suspeito que há mais som no silêncio, do que em mil palavras ao relento.

O que vocês diriam desse louco e sem sentido texto, se fosse ele escrito por Camões?

Agora o que vocês diriam desse mesmo texto, se o autor fosse um anônimo?

Ah! Obrigado pelo louco, de fato é muito oportuno.

(anônimo)

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